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Apresentação
Nunca escrevi nada.
Nunca publiquei uma linha que fosse com as minhas palavras. E, mais do que isso, sempre acreditei que somente iria pegar na caneta para escrever as mensagens que Jesus me dita há tantos anos. Nada mais que isso.
Mas com este livro foi diferente. Fui deixando que Ele conduzisse a jornada. Fui deixando que Ele conduzisse a minha vida, que dissesse o local e a data, onde e quando queria que eu estivesse, que dissesse por onde eu havia de andar para O ouvir.
E assim fiz. Começámos pela Catedral de Notre -Dame. Fui ouvindo a Sua voz doce a ditar as mensagens, como sempre tinha feito nos outros livros que editei.
Mas, de repente, fui surpreendida por uma nova experiência. A minha mão andava sozinha. Escrevia coisas que saíam da minha cabeça, coisas minhas, da minha vida e da minha experiência espiritual, embalada pela energia e carinho que Ele emanava. Em certas alturas Jesus ditava. Noutras, Ele sorria e dizia «Agora tu».
E, confiando nessa cumplicidade, fui escrevendo. Escrevi coisas que nunca pensei partilhar com os leitores.
O Seu sorriso e apoio ajudaram-me a abrir-me sem medo, sem defesas e sem limites.
A minha mão escreveu o que Ele quis. E mais uma vez tentei honrar o meu compromisso com Jesus de fazer o que Ele acha necessário para passar a mensagem.
Ainda hoje não sei qual a validade de colocar as minhas palavras neste livro. Ele diz que é importante que as pessoas conheçam um percurso espiritual como o meu.
E eu confio no que Ele diz.

Alexandra Solnado



Paris – Catedral de Notre Dame
Ouve os sinos de Notre - Dame. Ouve os sinos dessa catedral. Começa aqui a tua longa jornada.
A viagem de me encontrares nos mais recônditos locais da terra. Só para que saibas que estou lá. Só para que saibas que, apesar de a minha energia estar adulterada, estou lá. Hoje de uma nova forma. De uma forma mais positiva, mais consciente. De uma forma mais vasta.
Tenho consciência de que as pessoas não me conhecem. Não me conhecem como verdadeiramente sou.
Falam comigo, mas não é a mim que se dirigem. Rezam a mim, mas com uma lembrança de mim que não confere com quem eu sou. Eu não sou esse a quem elas rezam.
Eu sou luz.
Sou a mais pura energia da criação. Sou a felicidade pura, o êxtase, a condição necessária de iluminação.
Vais descobrir coisas novas a meu respeito com que nem sonhavas. Ninguém sonhava. E é aqui que reside a importância deste livro.
Este é um projeto que farás e que demorará aproximadamente dois anos a concretizar.
Por isso prepara -te. Prepara a tua alma, prepara a tua vida para me encontrares.
Tudo o que encontrares no caminho serei eu que te vou enviar.
Tudo o que ouvires no caminho serei eu que te vou dizer.

Já está. Já te disse o que quero de ti.
Agora vai.
Faz o que te digo.
Sabes que nunca te prometo nada. A não ser que no fim disto tudo serás uma pessoa completamente diferente, e muito, mas muito mais próxima de mim.
E amar-te-ei ainda mais por isso.»

Jesus



Por isso, esta sensação de comunhão com o Divino, de comunhão com o que há de mais sagrado dentro de mim própria, é, a meu ver, a única chance de estar viva e de ser honesta comigo e com os outros.
Jesus diz que não somos o que pensamos e sim o que sentimos. E quando estou aqui, sozinha nesta cidade e neste mundo, sinto, sinto com muita intensidade que há uma outra via. Há uma outra possibilidade de se passar por esta vida sem ser da forma tradicional que nos ensinam desde que nascemos, sem ser desta forma que conhecemos: agressiva, impessoal e intolerante.
E também sem ser da forma hipócrita que nos sugerem. Dizem que temos de ser tolerantes e solidários, que temos de nos amar uns aos outros, mas com indicadores puramente mentais, sem sentir, sem sequer nos relacionarmos com a emoção de estarmos vivos, sem nos relacionarmos com a protecção e o amor universal que recebemos do céu de cada vez que abrimos o coração e entramos em comunhão. Também não serve.
Há uma outra via, que não tem nada de teórico. Há uma outra via em que o ser vive em conexão total, indo buscar inspiração lá acima e recebendo bênçãos... tantas bênçãos... E a gratidão que sentimos dentro do peito por tantas bênçãos, e que surge de dentro para fora, de dentro de nós para o mundo, essa gratidão é a matéria -prima da cura, da cura do corpo e da alma.
Essa gratidão é a força energética transformadora que nos liga a Aquário.
"A energia de amor, transformação e cura", como Ele diz.



Olho agora para esta viagem como um grande encontro. Encontro com Ele durante quatro dias seguidos, sem interferências.
Encontro comigo – também sem interferências. Encontro com a minha essência escritora, que eu não conhecia. E encontro com a energia dos milhares de trabalhadores que durante mais de duzentos anos construíram aquela catedral magnífica e cujos espíritos vi Jesus encaminhar.
E sinto-me imensamente grata por poder viver esta magnífica experiência.



Roma – Vaticano
Basílica de São Pedro, Pietà
Não é fácil explicar o que sinto.
Não tenho palavras, e não as consigo procurar.
A emoção é gigante. Este lugar é avassalador.
A Pietà tem a energia de Jesus. Quando entro, logo à direita da Basílica de São Pedro, está a escultura que melhor consegue definir a energia d'Ele na terra.
Aproximo -me e choro. Quanto mais me aproximo, mais a emoção é incontrolável e indescritível.
Fecho os olhos. Sou levada a isso. Quero abri-los para ver melhor a «minha» Pietà, como Ele diz, mas não consigo. Os meus olhos fecham -se. A emoção é cada vez maior. Até que Jesus aparece. Aparece desta vez como homem, não como energia.
Bastante maior que em Notre -Dame, mas como homem. Parece que posso tocá -Lo, tamanha é a nitidez.
Aproxima -Se de mim de braços abertos, dá -me um beijo na testa e depois abraça -me. Sinto a Sua energia a entrar dentro de mim e a espalhar -se por todo o meu corpo. Nesse momento não sei onde estou nem o que faço aqui. Perco a noção dos acontecimentos.
E choro. Só choro. Até que ouço a Sua voz.

«Finalmente chegaste. »



A minha energia é de amor e nada pode mudar isso. Quem fala de mim de outra forma não me conhece, não me sente e está a mentir. Mas devo ser firme, agora estás no local mais importante do mundo que fala em meu nome. Milhões e milhões de peregrinos vão aí por mim. E não podem continuar a receber esse eu que está aí.
Esse eu já não sou eu. A energia está a mudar de uma forma avassaladora e eu preciso que me sintam na nova energia. Caso contrário morrerei. E isso já se está a verificar. As religiões que não mudam, que não acompanham a evolução energética, estão a deixar-me morrer no coração das pessoas. Só os resistentes continuam a ir aí. E ao ir aí e não me sentirem, também estes desistem.
Estamos perante uma hora crucial. É agora que as coisas têm de acontecer. É agora que a mudança tem de ter lugar.
E a mudança é radical. Há que promover um espaço de interiorização, de meditação. Há que promover a oportunidade de as pessoas olharem para dentro delas próprias e aprenderem a sentir. A sentir-me. E à força de me sentirem irão sentir-se. E mudar.

Eu sou o amor incondicional, aceito tudo, perdoo tudo, mas não posso aceitar que falem em meu nome espalhando uma energia que não é minha.
Isso não.
E gostaria que escrevesses isto que te digo com todas as letras, vírgulas e acentos.

Jesus



Pietà. É lá que sinto as mais avassaladoras emoções. É lá que tenho as mais estrondosas visões.
Avassaladora é a palavra que me surge mais vezes quando penso nesta jornada. Não tenho dúvida de que estou a viver a maior experiência da minha vida desde que comecei estas viagens.



ISRAEL – 1ª viagem
Desde que soube que iria para Israel, algo de muito estranho tomou conta de mim. Uma sensação de desconforto, de desconhecido premente. Mas também uma alegria por poder levar o meu compromisso ainda mais além, sempre mais além.
Desde que decidi que iria fazer o que Jesus quisesse, que iria onde Ele dissesse, que me comprometi até ao limite das minhas forças e da minha capacidade, desde esse dia, a minha vida tem sido uma grande aventura, sem passado, nem futuro, completamente à mercê do que Ele quer que eu faça cá em baixo.
Claro que com isso tenho de trabalhar mais ainda a minha essência, para que este compromisso não se transforme numa fuga. Fuga para fora de mim própria, para fora da minha essência, e de tudo o que vim ser cá em baixo na terra, desta vez.
É importante que cada processo espiritual de entrega absoluta ao céu e à energia original seja acompanhado de um compromisso inabalável com a essência e com quem nós escolhemos vir ser cá em baixo, desta vez.
Por tudo isso esta viagem é especialíssima. Sinto um upgrade energético. Sinto o salto quântico. Sinto a depuração da minha energia para algo muito mais subtil, muito mais delicado e transcendente. Sinto na minha vida, e cada vez mais, os dois mundos – o visível e o invisível – a juntarem-se, a interligarem-se e a transformarem-se num só, com uma frequência energética completamente ampliada.
Esta viagem sabe que eu estarei mais perto de Jesus que nunca. Como Ele mesmo diz:

«… vais andar por onde eu andei, vais estar onde eu estive, vais sentir -me.»

E essa perspectiva é brutal. Poder senti-Lo mais perto, cada vez mais perto. É como se fosse um objectivo, um projeto de vida. Senti-Lo cada vez mais. E talvez seja por isso que eu faço isto tudo, todo este trabalho, horas infinitas de meditação e recolhimento. Para, cada vez mais, senti-Lo.
Senti-Lo e deixá-Lo entrar dentro de mim, dentro da minha energia, dentro da minha vida.



Ontem tive, sem dúvida, uma das experiências mais fortes da minha vida. Eu intuía que não ia ser fácil. Nunca quis falar sobre esta vida em que vivi na época de Jesus.
Talvez por medo de as pessoas não acreditarem e acharem que eu estava a manipular. Confesso que eu própria demorei muito tempo até acreditar. Achava que era auto-sugestão.
Mesmo depois de tantos anos a ouvir Jesus, continuo um pouco céptica. Mas como Ele diz que em espiritualidade a dúvida é muito saudável, deixo-me estar assim.
A verdade é que só comecei a acreditar realmente devido às emoções muito fortes que acompanhavam as imagens. E uma emoção não dá para inventar. Ou se tem ou não se tem. Durante este tempo fui vendo fragmentos dessa vida. E fui conhecendo melhor essa personagem que fui.



Sei que saio daqui outra pessoa. Não sou a mesma. Foi a viagem mais difícil de toda a minha vida. Mas também a mais transformadora. E além da gratidão infinita que sinto por O ter na minha vida e no meu coração, quero ainda reforçar e redobrar os votos de compromisso com Jesus, com o céu e com a luz.



Ser Aquário é ser auto-suficiente energeticamente. E, paralelamente, sentir-se ligado a tudo e a todos. Mas ligado sem apegos. Sem dependências emocionais. Sem amarras ou vínculos de qualquer espécie.
Se tu estiveres bem, toda a humanidade estará melhor à força da tua vibração.
Na era de Peixes viveram-se dois mil anos de separação, de emoções restritivas tais como medo, raiva, revolta, culpa, julgamento, apego e destruição. A humanidade precisava de passar por isto pois a experiência da matéria exige a vivência de todas as emoções. E quando eu digo todas, é TODAS.
A nova era que se aproxima também será de dois mil anos, mas desta vez de amor, de clarividência, de escolhas, de essência, de verdade e principalmente de ligação ao todo.
Vais querer evoluir, já não mais por ti só, mas pelos biliões de almas que irão evoluir contigo.
Pela terra que irá evoluir contigo. Pela energia de todo o Universo que, durante uma fracção de segundo, irá tornar-se mais subtil. E essa fracção de segundo irá impregnar-se na energia de tudo o que existe.
E nunca mais nada voltará a ser o mesmo. E se cada ser humano que fizer o milagre individual de abrir-se para a luz perceber que é energia e começar a vibrar cada vez mais alto... cada uma dessas almas estará ligada para todo o sempre com a evolução da humanidade, com a evolução do Universo.
E saberá que, para todo o sempre, toda a terra irá sentir-se grata por tamanho milagre energético e irá enviar a gratidão devida a cada pulsar de consciência.
Este é o motivo de Aquário. Fazer brilhar consciências que à força de subirem a sua vibração irão propulsionar a matéria em direcção a uma nova forma de existência.
Dou-te dois mil anos para fazeres isto. Achas que chega?

Jesus



ISRAEL – 2ª Viagem
Muro das Lamentações

Tenho aprendido que é a única forma de se viver. Deixarmo-nos guiar pelas circunstâncias e ver onde é que elas nos trazem. Desde que no coração permaneça uma essência confiante e feliz, e um velho sentimento de que, como Ele diz, «... tudo está no seu lugar».



ISRAEL – 2ª Viagem
Jerusalém

Hoje faz sete anos que vi Jesus pela primeira vez. Um ciclo de tempo kármico. Simbolicamente falando, é claro. Não tomo como premissa a data do calendário. Tomo como premissa que O vi numa quinta-feira, véspera de Sexta-Feira de Paixão.
E aqui estou eu.
Queria, do fundo do meu coração rendido, agradecer-Lhe por tudo.
Por tudo mesmo. O que me tem ensinado. O carinho que me tem dedicado, a luz que me tem trazido e o discernimento. A ampliação da minha consciência. A subida da frequência energética, o conhecimento das minhas vidas passadas, o que tem facilitado conhecer «a história da minha energia», como o Senhor diz.
Queria agradecer-Lhe por tudo.
Mas, sobretudo e principalmente, pelo amor.
Pelo amor intenso que sinto hoje que mora no meu peito, e que há muitos séculos se tinha perdido. O amor que aprova, que aplaude e que abençoa. O amor que não tenho palavras para definir, por mais livros que escreva. O Senhor sabe o que é. Está agora à minha frente a rir-Se, sabendo o quanto tudo isto tem sido e é importante para mim.
Queria dizer -Lhe que desde essa quinta-feira em que O vi pela primeira vez, em que me colocou no Seu coração, o Senhor mudou a minha vida.
Mudou a minha existência. Trouxe-me uma nova visão, uma nova perspectiva, uma nova luz.
E como sei que não consigo passar para o papel tudo o que me trouxe, tudo o que me fez sentir e tudo o que me ensinou, vou parar de tentar escrever, pousar a caneta e ficar aqui assim, a senti-Lo. A senti-Lo e a subir, pois sei que é a forma mais precisa, dentro da luz, de dizer obrigada.



ISRAEL – 2ª Viagem
Telavive

Ajuda-me a sair de Peixes, Cabrita.
Ajuda-me a sair de Peixes saindo tu também.
Depura a tua energia. Prepara-te para Aquário. Mantém uma altíssima frequência. Sê tu própria em todas, todas, todas, todas – e não me vou cansar de repetir a palavra "todas" – as ocasiões. Diz aos homens que não é por onde estão a ir.
O caminho é mais verdadeiro. É mais puro, é mais marginal e colectivo. Tudo o que instituíram como verdade absoluta já não serve nesta nova energia.
Deixem-me mexer nos vossos corações e implantar a alquimia. Deixem-se transformar. Abram-se para a transformação, sentindo-se protegidos por mim. Nada de mal vai acontecer a quem abraçar a mudança, a quem aceitar o caos e, mesmo assim, elevar as suas mãos aos céus e agradecer.
Agradecer a encarnação.
Agradecer a experiência.
Agradecer a matéria e até agradecer a densidade.
Porque é na densidade, ao escolher a luz, que promoves as tuas maiores transformações celulares. É escolhendo a luz no meio da escuridão que mostras a guerreira da alma que és e começas a criar uma verdadeira identidade espiritual. E Aquário é precisamente a criação de uma identidade espiritual.
Sempre com a perspectiva de que, se tu mudares a tua energia, vais mudar a energia à tua volta, que por sua vez vai mudar a energia do que está à sua volta, que por sua vez vai mudar mais coisas, mais longe, até um dia alcançar todo o Universo. E isso é Aquário. Uma nova perspectiva de evolução a partir do ser humano. O único ser que pode, efectivamente, escolher.

Jesus



ALASKA
A minha quase dependência em ver e sentir Jesus diariamente, poder receber aquela dose incomensurável de amor genuíno, aquela sensação que Ele me traz de que:

«... tudo está no seu lugar»

... essa dependência, não sei se é boa ou má, mas faz-me avançar, faz-me ser uma Alexandra melhor todos os dias, faz-me rejeitar a violência em qualquer uma das suas formas, faz-me procurar o amor e a comunhão onde quer que eles estejam, e faz-me ir buscar dentro de mim própria tudo o que há de pacífico na minha energia.
E foi tudo isso que senti hoje quando fui de helicóptero sobrevoar os glaciares de Juneau. Foi tudo isso que senti quando o helicóptero aterrou no topo de um glaciar a mil e seiscentos metros de altitude, gelo a toda a volta, uma paz impossível de descrever. Ali estava eu. No topo do mundo, no topo da montanha, com uma energia imaculada, cada vez mais perto d'Ele, cada vez mais perto de Deus.
É nessas alturas que não me importava nada de continuar a subir, cada vez mais alto, cada vez mais puro, cada vez mais perto. Deixaria tudo para trás e iria ter com o grande, com o maior amor da minha vida. Com a maior falta que sinto, estar com aquela energia sempre, sempre, sempre até um dia em que ela faria parte de mim e em que eu pudesse, finalmente, diluir-me. Em que eu pudesse finalmente parar a busca.
Em que eu pudesse, finalmente, entrar em fusão absoluta e descansar nos seus braços de todos estes séculos em que andei à procura de paz.



Conforme nos vamos aproximando, a grande mancha branca começa a definir-se. Um glaciar. O maior glaciar dos Estados Unidos. São centenas de metros de largura por cerca de trinta metros de altura de gelo puro, anos e anos de camadas sobre camadas. E, como se conversasse connosco, vai degelando aos poucos. Blocos de gelo vão caindo no mar, com um barulho intenso, como se fosse um trovão. Sinto-me a fazer parte daquela natureza bruta, daquela grandiosidade. Só me vem uma palavra à cabeça.

«Magnificência.»

Eu sabia que Deus tinha esculpido o mundo, mas nunca pensei que fosse desta maneira. O meu coração aperta, e mais uma vez sinto-me a fazer parte do todo. Eu sou a paisagem que me rodeia e a paisagem está dentro de mim. E a isso eu aprendi a chamar de comunhão.
Mas não tinha acabado.
De repente, Jesus aparece. Grande, enorme, sentado em cima do glaciar. Os Seus braços vêm em direcção a mim como que a chamar-me. Sei que chama a minha alma para ir mais além, cada vez mais além. Sinto o coração a explodir e fico ali, a ver a paisagem, a vê–Lo sentado no glaciar a chamar-me.

«Vem. Cada vez mais alto, cada vez mais perto.»

Sim, mestre. Não desejo outra coisa.



LOS ANGELES
– Eu não sei o que vai ser de mim. Não sei qual o próximo passo, nem se o próximo passo é algo que eu possa concretizar. A única coisa que sei é que vou com Jesus no coração para onde quer que me leve, para onde quer que vá, até ao fim do mundo, até ao fim do tempo, até ao último mistério que houver para desbravar. E desejo que cada um de vocês sinta o amor que Ele dá, que abra o peito e consiga receber a tremenda bênção que é amar e ser amado pelo céu.



LOS ANGELES
Venice Beach

Mas o melhor ainda estava para vir. Assim que o sol desapareceu, no horizonte, lá no fundo, onde só havia mar, começou a formar-se uma imagem em luz. Uma cidade de luz. Quanto mais o tempo passava, mais definida estava a cidade. Pareciam prédios, com as janelas definidas, mas em luz. As pessoas na praia estavam estupefactas. Só diziam: «A city of light! A city of light!»
Começaram a vir pessoas de todos os lados para fotografar. Eu estava impressionada. Aproximo-me da beira da água, e começo a vê-Lo. Lindo, enorme, a sorrir. E diz:

«Eu trouxe-te aqui, a LA, para veres um dos fenómenos da magnificência. Esta cidade de luz que estás a ver no mar, lá ao fundo, é a tua vida em luz. Todos vocês têm uma vida em luz cá em cima, que só se manifesta, só tem autorização para se manifestar quando vocês aí em baixo já estão a percorrer o vosso caminho de luz.
Se ouvirem os sinais, se aceitarem ser teleguiados, se intuírem onde devem estar e quando. Cada vez que um homem está no local certo predefinido por Deus para a sua máxima evolução, de cada vez que um homem pisa essa marca, a sua vida em luz desce e manifesta-se.
Preparei-te esta surpresa. Se estivesses no lugar certo, na hora certa, a aproveitar tudo o que é para ti nessa circunstância, se conseguisses chegar, eu dar-te-ia esta prenda, esta bênção.
Poderes "ver" aí em baixo, na matéria, a tua vida em luz.
E foi o que eu te fiz hoje. Trouxe-te a tua vida em luz.
Trouxe–te esta cidade de luz que vês no mar, onde não devia haver mais nada senão mar.
Para que saibas. Para que acredites. Para que aprendas definitivamente a ler os sinais. A ver os sinais.
Parabéns, Cabrita, atravessaste o oceano atrás de um sinal. Invisível. Improvável.
E aqui está ele, à tua frente.
Aproveita. Sente.
Bebe a energia.
E quando voltares para casa, vais saber dentro de ti que viste a paisagem mais impossível.
A paisagem mais transparente.
A paisagem de luz.»

Jesus



EGIPTO – Monte Sinai
A partir do momento em que Jesus me pede para vir, sei que virei com Ele e que estarei protegida. E é nesta altura que resolvo entregar-me a Ele. Entrego-me a mim, ao meu medo e à minha impotência. Entrego a minha alma, o meu amor e o meu desespero. Entrego, mais uma vez, a minha vida. E naquela escuridão avassaladora do deserto, só com um camelo e um beduíno suspeito como companhia, renovo definitivamente o meu compromisso. Como Ele sempre disse: «Confia.» E eu decido, definitivamente, confiar.
Fecho os olhos e, nesta entrega absoluta, começo a ver, no céu, duas imagens. Primeiro, a de Moisés, com aquela energia ancestral, enorme, respeitosa e séria. Depois, ao lado, a de Jesus. Não aquele Jesus que os homens ainda celebram, todo sofredor e castigado. E sim o Jesus que me aparece, o da nova era, lindo, brilhante e liberto.
Fico muito emocionada com essa visão, e noto que as duas energias estão a comunicar. Parece que Jesus está a falar com Moisés, como se estivesse a trazer a boa-nova, vem aí um tempo de liberdade e de cura. Um tempo em que as pessoas vão poder curar as suas almas, tão massacradas que estão de tanta restrição. Um tempo em que as almas vão poder limpar-se de tanta dor, tanta violência e tanta miséria. Um tempo em que a humanidade finalmente vai poder libertar-se do jugo das religiões dogmáticas e castradoras e o homem finalmente vai poder aceder a energias mais sábias e poderosas, mais subtis e elevadas, e vai aprender por fim a crescer sozinho, sem necessitar da ajuda dos outros homens, às vezes menos evoluídos que ele próprio.
Vem aí um novo tempo.
Noto que Moisés vai desfazendo aquela imagem tão rigorosa e vai relaxando. Noto que as duas energias se vão entender. Consoante o tempo vai passando, sempre em cima de um camelo no mais absoluto breu, vou vendo toda esta conversação acontecer. Entretanto, as duas imagens começam a diluir-se. Já não é Jesus e Moisés que estão ali, mas duas energias, a do passado e a do futuro, a tentarem entender-se para trazer evolução ao mundo. É mesmo muito emocionante o que está a acontecer. Percebo agora o que vim aqui fazer. Vim testemunhar a abertura de um portal energético. Talvez o maior portal da terra. O portal de Moisés. O portal do Sinai. É realmente uma bênção. É realmente uma das maiores bênçãos da terra.



Sinto que toda a experiência deste ano e meio a viajar sozinha me trouxe isto. Este estado que respeita na íntegra a energia da minha alma. Que me devolve um eu mais profundo e mais total. Que me devolve a mim própria, original e transparente.



Fico assim, quieta, a sentir o meu amor por Ele, que é a melhor maneira de O chamar. Não demora muito tempo. De uma das montanhas sai Jesus, enorme, imenso, lindo, a dançar. Fica ali a dançar muito tempo. Está feliz.
A partir desse momento, sinto um portal de luz a abrir-se e a energia jorra Sinai abaixo. Sinto o livro a acabar. Sinto aquela sensação fortíssima de ter conseguido. Ter conseguido fazer o que Ele me pediu, mas mais do que tudo – e por saber que o que Ele pede não é para Ele, de todo –, de ter conseguido transformar-me tanto como pessoa à luz destas experiências. Ele dança. Está feliz e sinto que me agradece. E as lágrimas que caem agora são de devolução desse agradecimento. Agradeço estar viva para poder ter a oportunidade de vivenciar todas estas experiências. Mas aproveito também para agradecer tudo o que Jesus tem feito pelas pessoas. Tem-nas feito ir ao limite delas próprias para que se descubram como almas vibrantes que são. E isso traz a alegria infinita.



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